2006/02/25

Um Pássaro Conta até quatro!


Uma gralha tinha feito o seu ninho no cimo da torre de um velho castelo. O proprietário decidiu desalojar definitivamente a ave. Porém, de cada vez que o homem subia à torre, a gralha afastava-se para só voltar quando o caçador se tinha ido embora. Então, para confundir as ideias do pássaro e apanhá-lo numa armadilha, dirigiram-se para a torre dois homens. Um escondeu-se e o outro voltou para trás. A gralha continuou afastada da torre e só regressou passadas muitas horas, quando viu sair também o segundo homem.
No dia seguinte, tentou-se o mesmo processo, mas desta vez com três homens. Dois voltaram a descer e um ficou escondido. Mas a gralha não se deixou enganar e só voltou ao ninho quando o terceiro homem abandonou o seu posto.
Por fim, o dono do castelo conseguiu ganhar a partida, porque decidiu mandar para a torre seis homens, fazendo voltar cinco para trás. Era um número demasiado grande para ser apreendido pela gralha. A ave soubera contar até quatro: não conseguiu ir mais além, e aí deixou as penas.....

Joãozinho estava a ir muito mal de matemática



Os pais já tentaram de tudo: aulas particulares, brinquedos educativos, centros especializados, terapia, nada adiantou.
Então ouvem dizer que há uma escola de freiras na cidade que é muito boa e resolvem fazer mais uma tentativa.
No primeiro dia, Joãozinho volta para casa com uma cara muito séria e vai directo para o quarto, sem nem mesmo cumprimentar a mãe. Ele senta-se na secretária e estuda, estuda sem parar.


A mãe chama-o para jantar. Ele janta a correr e volta imediatamente aos estudos. A mãe nem acredita.
Isso dura já algumas semanas. Um dia, Joãozinho volta para casa com o boletim, que entrega a mãe. Nota 20 em matemática!
A mãe não se contém e pergunta: - Filho, diz-me o que te fez mudar desta maneira? Foram as freiras? Joãozinho balança a cabeça negativamente. - O que foi, então? - insiste a mãe - Foram os livros, a disciplina, a estrutura de ensino, o uniforme, os colegas, O QUE FOI?
Joãozinho olha para a mãe e diz: - No primeiro dia de aulas, quando eu vi aquele tipo pregado no sinal de mais, percebi que elas não estavam a brincar.

Aprender Matemática com Mozart


As raízes da matemática e da música estão muito próximas e o trabalho de Mozart tanto pode ser fruto do seu génio musical, como resultado de equações matemáticas.Segundo testemunhou a sua irmã, quando Mozart era aluno "só falava e só pensava em números". De facto, nas margens de algumas das suas composições foram encontradas equações matemáticas, onde o compositor calculava as probabilidades de ganhar a lotaria.Homenageando o compositor austríaco e as suas capacidades matemáticas, a exposição permanente "Matemática Viva", patente no Pavilhão do Conhecimento, inaugurou um módulo intitulado Jogo de Dados de Mozart.O módulo do Jogo de Dados de Mozart ilustra, de uma maneira interactiva, a influência do génio musical e da matemática na obra do compositor. Reza a história que Mozart era um pouco preguiçoso e, muitas vezes quando lhe era encomendada uma peça, não tinha grande vontade de trabalhar. Assim, produziu uma série de compassos e colocou-os numa tabela com dezasseis colunas e 11 linhas. A partir daqui, construiu um método de composição que exigia apenas dois dados. Ao lançar os dados, escolhia aleatoriamente um compasso. O número de melodias diferentes que se podem obter por este processo é de 42 seguido de 34 zeros.O que o Jogo dos Dados de Mozart propõe é que se lancem dois dados para escolher um dos 11 fragmentos musicais para o primeiro compasso; em seguida lançam-se novamente dois dados para escolher o segundo compasso e assim sucessivamente até chegar a uma melodia completa com 16 compassos. Cada pessoa que se aventurar no jogo poderá obter, com apenas 2 dados, uma composição musical inédita.Se um jogador dos dados de Mozart experimentasse o jogo uma vez por minuto, sem nunca parar e obtendo sempre combinações diferentes, demoraria vários milhares de anos até esgotar todas as possibilidades.Com este método, além de ser possível compor milhões de melodias, consegue-se também compreender como a matemática se aplica a muitas outras áreas, entre as quais a música.A exposição permanente "Matemática Viva" do Pavilhão do Conhecimento oferece mais de 60 maneiras diferentes de aprender matemática a brincar, mostrando aos visitantes que os números estão presentes em quase todas as actividades do nosso dia-a-dia e que, além de útil, a Matemática pode ser muito divertida.


Fonte: http://www.educare.pt